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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

ONG monta coração com bandeiras de países em iceberg do Ártico

Greenpeace faz alerta global sobre mudanças que afetam região congelada.
Degelo e projetos de exploração de petróleo e gás ameaçam Ártico




Um coração formado por 193 bandeiras de países-membros da Organização das Nações Unidas foi montado no Ártico pelo Greenpeace. A intenção da ONG é alertar para o risco de desaparecimento da região pela mudança climática e ações humanas, como exploração de petróleo e gás. (Foto: Danile Beltra/Greenpeace/AFP)


Imagem divulgada pela ONG Greenpeace nesta quarta-feira (19) mostra a formação de um coração com bandeiras de 193 países-membros da Organização das Nações Unidas, como forma de chamar a atenção do mundo para os problemas da região do Ártico.
A intenção dos ativistas é alertar para que providências urgentes sejam tomadas em relação à região, de preferência durante a Assembleia Geral da ONU, que vai acontecer em Nova York nos próximos dias, na sede das Nações Unidas.
O Ártico perdeu em média 91,7 mil km² de gelo por dia em agosto de acordo com a Organização Mundial de Meteorologia (OMM). O derretimento diário aproxima-se da extensão de Pernambuco, com 98 mil km² de território, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No dia 26 de agosto, a agência espacial americana (Nasa) registrou recorde no derretimento da camada de gelo que cobre o Oceano Ártico. Trata-se do maior degelo anunciado desde o início do monitoramento via satélite da região, iniciado em 1979.
Bandeiras dos 193 países que integram a ONU são
vistas na neve em frente ao navio My Arctic Sunrise,
do Greenpeace, em foto do dia 14 divulgada nesta
quarta (19).  (Foto: AFP/Danile Beltra/Greenpeace)

Bandeiras dos 193 países que integram a ONU são
vistas na neve em frente ao navio My Arctic Sunrise,
do Greenpeace, em foto do dia 14 divulgada nesta
quarta (19).  (Foto: AFP/Danile Beltra/Greenpeace)
A última vez em que um derretimento tão grande ocorreu foi em 18 de setembro de 2007, e ainda assim havia mais massa polar do que a registrada pela Nasa no fim de agosto.
A camada de gelo chegou a 4,1 milhões de km², 70 mil km² a menos do que a medição em 2007, quando a extensão do gelo no Ártico era de 4,17 milhões de quilômetros quadrados.
O derretimento do gelo do Ártico tem acelerado a corrida em torno da exploração de recursos naturais na região.
Caso as linhas marítimas, atualmente inacessíveis no topo do mundo, se tornem navegáveis nas próximas décadas, elas poderão redesenhar as rotas do comércio global, e talvez a geopolítica, para sempre.
Estudos recentes afirmam que espécies que vivem no Ártico, como o urso polar, focas e crustáceos, precisam se adaptar ao constante degelo ou podem desaparecer para sempre devido ao aumento da temperatura do planeta. (Foto: Danile Beltra/Greenpeace/AFP)


Estudos recentes afirmam que espécies que vivem no Ártico, como o urso polar, focas e crustáceos, precisam se adaptar ao constante degelo ou podem desaparecer para sempre devido ao aumento da temperatura do planeta. (Foto: Danile Beltra/Greenpeace/AFP)

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